sábado, 13 de dezembro de 2008

Poema: Sob a Timidez da Lua de J.F.F.R.

Sob a Timidez da Lua

Numa noite em que a lua brilha
De fininho, por trás da cortina da janela,
Como uma donzela, me privando de sua pureza.

De repente, mais que instantaneamente
Afloram aos pensamentos loucos
Todo o preço da minha “necessidade” como “ser vivo”.
Como quem nada quer, mais implorando com o olhar
E aquela voz doce e os corpos bonitos
Até mesmo o valor da minha arte...

Neste quarto que já foi palco de cenas inolvidáveis
Como aquelas do cinema, do passeio após o cinema...
O amor sendo amado por ninguém, salvo atores de histórias de amor;
Onde o insano fez-se presente, esperneando
E questionando aos ouvidos tristes de agonia:
“Por que as coisas são assim? Por quê? Por quê?”
Cenas em que o beijo não foi doce, tampouco brando foi beijo,
Mas, ácidos corrosivos e amargos como o fio áspero da navalha
Navalha esta que pertence à foice do destino...

Choro agora as lágrimas das dúvidas, da insegurança;
Choro a água finda, o rio lamacento de ignorância;
E no mais comum quarto de residência;
Minha mente é jogada à folha de papel;
Fico a pensar numa razão para toda a falta da mesma, útil
E inútil esta que seria a razão dessas palavras?
Ou seria só poesia?

Não! Não é poesia!
Poesia não é insana, não é triste em preto e branco;
Isto meu amigo, chama-se realidade!
A mesma 24 horas por dia... O dia que anoitece...
A noite que gela com as lágrimas da lua...
Noite que magoa com a saudade na ausência da donzela!
Ah! Noite em que a lua brilha de fininho...
A mesma noite em que sou sincero por “trás da cortina”.

-“Eu sei de suas fantasias, e não me seduzes mais”.

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