Vamos tocar a ilusão
Ilusão que não diz nada?
Somente mata?
Arrebata
Aqui estão seis bilhões de pessoas
Nem necessitava tanto
Desejei apenas um amigo
Porém possuo somente um sonho
E é este que nasceu,
Vive,
E morrerá comigo?
Desejo um amigo
Neste lugar vivem tantas pessoas
Que para o lado que se olhar
Mil homens, mil mulheres
Se pode encontrar
Não desejo tanto
Apenas uma mulher
Gostaria de amar
Estarei mesmo sozinho?
Ou em meio a tanta solidão,
Multipliquei-me
Companhia de mim mesmo
Mas, e quando eu partir?
Levarei comigo
As conversas, os sonhos e todos aqueles abraços?
Apenas ensaiados
Como em um teatro.
Sou o palco,
Os atores,
A platéia,
Os aplausos,
As lágrimas,
Silêncio.
Mas não enceno
Minha vida é uma só
Sem que erros sejam permitidos
Jamais permitiram-me
A cena voltar
E se permitido fosse, não voltaria
Pois sozinho dói
E cada passagem traz o nome, agonia.
Tento me comunicar
Mas não há nada além da solidão,
Para que ouça
O que sussurra meu coração
E se tiver,
Prazer, chamo-me doação!
Doou-te tudo
Pois de nada vale ter algo
Seja pouco ou muito
Se não houver ninguém para compartilhar
Um pouco de compaixão.
Quase amigos, escutem-me!
Sou eu, aquele que não deseja muito
Apenas o romper da noite
E o raiar do dia
Que traga, como traz o orvalho
Um ser amado
E em um abraço,uma outra vida
A quantos olhos que interrogam-se
Em meio aos espelhos?
Perguntando algo
Que os espelhos jamais responderão
Aqui me encontro, perdido,
Sem ter saído do mesmo lugar
Desejo apenas um ser para amar
Possuo tantas meigas palavras
Abraços retraídos
Mas parece que estou cercado
Por olhos, desejos retorcidos
Desejaria a companhia
Não necessariamente a de um ser humano
Pois como há homens que nada sentem
Há naturalmente animais que amam
E não mentem.
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